Título:
O Quarto Branco
Autor:
P. Barbosa
Ano
de Lançamento: 2013
Editora: Smashwords
Número de páginas: 77
Sinopse: Olhava para
todos os lados sem parar, procurando um ponto cardeal ou uma estrela polar, uma
seta no chão, um aceno no horizonte, uma simples cruz a marcar o lugar, uma
premonição, um verso codificado ou um trilho de migalhas no chão; precisava de
uma direção. Fiquei por ali, gritando o mais alto que podia, em aflição, que
precisava de um caminho, de um rumo e de uma direção, mas como não havia
paredes onde o som pudesse ressoar as palavras iam e nunca voltavam. Era
incapaz de me ouvir, e só sabia que estava a gritar pela trepidação dos meus
ossos que sentia do esforço sobre-humano que fazia. E fiquei naquilo milhares
de vezes repetindo, ou milhões ou biliões, pois nunca as contei, até que me
calei por meu próprio convencimento. Tal era a soberba ou a surdez do dono
daquele lugar.
Difícil
Não sei que posso dizer sobre este
conto… Foi uma coisa difícil de interpretar.
A história passa-se numa divisão a
que se chama “O Quarto Branco”. Quem entra nunca mais sai e de fora não se vê
nada a não ser as pessoas a desaparecerem lá dentro. Penso que na maior parte
do tempo é-nos transmitida uma sensação de pânico inexplicável numa confusão de
palavras sem sentido.
O conto está dividido em três partes
com nomes igualmente estranhos. A Parte 1, que tem 5 capítulos, chama-se
“Entrar sem sair”. Confesso a minha enorme confusão, numa deambulação entre
passado, presente e futuro e naquela sensação de que a história fica por aí
para sempre. Na Parte 2, com 4 capítulos, que se chama “Viajar sem andar”,
experimentamos a sensação de que afinal não há nada contra o que lutar pois
tudo se parece estar a resolver sozinho. Começa a mais curta história de amor
que já li. Na Parte 3, “Sair sem o querer” com apenas 1 capítulo, tudo acaba
tão abruptamente quanto começou. Uma confusão!
Tudo o que posso dizer deste conto
tão confuso é que me pareceu ser uma interpretação do que seria morrer. Talvez
porque a morte é algo abrupto a que ninguém consegue escapar.